O grupo ganhando saúde teve seu encontro mensal dia 06 de setembro, na ocasião às coordenadoras Katia Jachetti Battisti e Mariana Mazzarino contaram com a presença da colega farmacêutica Thais Losekann que trabalha na Unidade Básica de Saúde. Os assuntos abordados foram as atribuições do profissional farmacêutico a fim de esclarecimento as participantes e em especial a automedicação.

O QUE É AUTOMEDICAÇÃO?

A automedicação, termo usado para designar a “ação de medicar-se por conta própria”, é uma prática largamente difundida no Brasil e no mundo. As conseqüências dessa prática podem ser desastrosas, gerar efeitos indesejados e imprevistos, causando danos à saúde – em função do risco – e, ao bolso dos usuários, por estar relacionado ao alto custo e à aquisição de produtos desnecessários.

QUAIS OS RISCOS CAUSADOS PELA AUTOMEDICAÇÃO?

-Pode atrasar mascarar ou impedir o diagnóstico preciso de uma doença;

-Pode afetar negativamente qualquer outro processo patológico oculto ou não do doente;

-Pode provocar interações de grande significado clínico com outras terapêuticas previamente instituídas.

Além destes, uma das preocupações frente à automedicação é o risco de intoxicação.

A intoxicação por medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo país, à frente dos produtos de limpeza, dos agrotóxicos e da intoxicação alimentar.

A forma mais comum de intoxicação é acidental (55% dos casos registrados), e a faixa etária mais atingida é a de crianças menores de cinco anos, que representam 23,8% dos casos.

De acordo com a Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), todo ano cerca de 20 mil pessoas morrem vítimas da automedicação no Brasil.

No Brasil há vários motivos para a auto medicação:

– A dificuldade de acesso de grande parte da população a um médico ou a um odontólogo.

-Seguir a sugestão de um conhecido próximo (vizinho, irmão, balconista da farmácia) a enfrentar a espera pelo atendimento médico.

– A automedicação também é influenciada pelas propagandas publicitárias veiculadas pelos diversos meios de comunicação.

-A facilidade de acesso boa parte dos medicamentos é vendida sem receita médica.

CUIDADOS COM O USO DE MEDICAÇÕES

– Quando você achar que tem algum problema de saúde, procure um médico.

– Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias.

– Na consulta, informe ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso freqüente de bebidas alcoólicas.

– No momento de adquirir medicamentos de venda livre, produtos considerados de baixo risco para tratar males menores e recorrentes, como dor de cabeça, procure orientações do farmacêutico.