Estiagem vem causando prejuízos irreparáveis nos setores agrícola e pecuário, forçando o município a decretar situação de emergência em função da falta de chuvas.


Milho – Toda a área cultivada (1.200 hectares) foi atingida pela estiagem nas fases de desenvolvimento vegetativo, e principalmente nas fases de florescimento e enchimento de grãos. Houve má germinação e crescimento desuniforme das plantas. A perda é de 75% da produção inicial prevista (85 sacas/hectare).
Feijão – Perda confirmada de 80% da produção em 50 hectares cultivados. Produto colhido de má qualidade (grãos miúdos e desuniformes). A produtividade prevista inicialmente era de 1.500kg/hectare e a obtida foi de 300kg/hectare.
Leite – A situação da atividade do leite é crítica. A seca prejudicou a germinação das pastagens e o desenvolvimento das plantas foi anormal devido a falta de água. O rebrote das plantas foi muito baixo, ocasionando o término das pastagens de forma prematura, ficando os produtores sem alimento para fornecer ao rebanho. O milho destinado para a produção da silagem está seriamente comprometido e aquela que está sendo feita será de baixa qualidade. A produção de leite no município registrou até o momento uma queda de 30% atingindo tanto a produção comercial quanto a produção destinada ao consumo familiar. Conforme o técnico em Agropecuária e Secretário da Agricultura Valmir Morschcheiser, pelo conhecimento que possui do setor, afirma que este percentual pode chegar a 60% ou mais, se avaliado a longo prazo, pois os danos causados pela estiagem e a má qualidade da silagem vão refletir no inverno, quando houver necessidade de fornecer o alimento ao gado leiteiro, por ser um período critico para as pastagens devido ao frio.
Pastagens – Grandes prejuízos com os 500 hectares de pastagens plantadas, pois não houve rebrote das plantas e não foi possível cultivar todas as áreas devido a falta de condições de umidade para germinação das sementes. O prejuízo previsto até agora é de R$ 800 mil considerando-se os investimentos em sementes, fertilizantes, tratos culturais, etc.
Avicultura e Suinocultura – Atualmente, dez produtores estão sendo socorridos pela Prefeitura Municipal, quanto ao fornecimento de água para abastecer aves e suínos, gerando altos custos para a Administração. Caso este procedimento não seja feito, torna-se necessário o cancelamento dos lotes de aves e suínos. O Secretário da Agricultura Valmir Morschcheiser vem orientando que os produtores façam fontes para armazenar ou fazer o estoque de água, pois utilizar água da rede não é uma solução por dois motivos: primeiro se torna inviável em função do custo que o produtor terá e que provavelmente vai resultar em prejuízo no final do lote, segundo, porque pode ocasionar a falta de água para a população, pois os poços artesianos que abastecem o município também estão baixando rapidamente. Fica o alerta aos produtores que constatarem a falta de água, para que não façam alojamento de aves e suínos em suas propriedades até a situação normalizar.
O Secretário Valmir também se coloca à disposição de quem necessitar de orientações técnicas para a construção de fontes, através da Secretaria da Agricultura ou pelo fone 3758-1108. Valmir também agradeceu em nome da Secretaria ao Secretário de Obras Jorge Fachini pela parceria na abertura das fontes através da cedência do maquinário.